Mandalas
Arte com os pincéis
Com 15 anos de idade, comecei a me aprofundar nos desenhos circulares, comecei a rabiscar algumas formas em círculos no caderno. Um dia, mostrei para minha professora de artes e ela disse: isso é uma mandala!
A partir daí, comecei a me apaixonar pelo universo da mandala, por seus significados, por sua potência. Mandalas são muito mais do que apenas estética, é uma arte que vai muito além da aparência e do resultado. Surgiu espontaneamente uma vontade imensa de conhecer mais sobre esse símbolo. Conheci as mandalas tibetanas, as islâmicas, as hinduístas. Percebi nas danças circulares a mandala também presente nas cirandas. E comecei a observar cada detalhe do mundo ao meu redor que continha esses símbolos circulares.

Ao pintar, criar, desenhar, participar
de uma mandala minha mente se
desliga completamente do mundo
sistemático, capitalista, temporal


Tive a oportunidade, depois de adentrar o curso de artes visuais em 2017, de ministrar oficinas (em escolas e projetos sociais). Produzia mandalas para feiras e bazares, mas minha inspiração e aptidão sempre foi produzir mandalas vibracionais de acordo com a pessoa. Faço algumas perguntas de como a pessoa tem se sentido no momento, do que ela estava necessitando, seus sonhos, seus desejos,
e a partir daí crio um desenho original e único e transformo em pintura, em tela, ou mdf.
Meu trabalho de conclusão de curso de Artes Visuais, foi sobre as mandalas terapêuticas. Discorri principalmente sobre Carl Gustav Jung e Nise da Silveira, que trabalhavam com a mandala em tratamentos psiquiátricos, buscando sua origem, seus significados, sua função organizadora da mente.

Minha mente, diferentemente do que muitos me perguntam, não viaja, não divaga. Minha mente concentra. Os movimentos que meus braços fazem não tem começo, não tem fim, é contínuo. É como passear no que temos de mais interno dentro de nós. A mandala me reestabelece para o presente, para o agora. acalma e me ilumina. Produzir mandalas é mágico, é cíclico, auxilia no processo de “cura”.
Ao criar uma mandala, acredito que sou capaz de transmitir uma energia única, na qual as pessoas podem se reconhecer.